segunda-feira, 18 de junho de 2012

JOVEM E TRABALHO - ALGUMAS POSSIBILIDADES

Os jovens se deparam com muitas mudanças e o primeiro emprego é uma delas. No Programa Paineira*, eles têm a oportunidade de se preparar para este desafio.
Muitos jovens acreditam que "trabalhar" compreende somente o universo empresarial, suas exigências e limitações. Por isso, orientar e oferecer outras perspectivas fazem parte da formação que oferecemos.


Um dos temas abordados na Oficina de Atualidades e na Oficina de História do Trabalho no Brasil é a possibilidade encontrar trabalhos e ambientes alternativos, fora do contexto empresarial. Fazem parte desta atividade a interpretação de textos relacionados ao tema e bate papo com convidados.


Dois dos textos trabalhados foram "A Placa" de Rodrigo Ciríaco e "Como Brasília perdeu uma prostituta" de Gilberto Dimenstein. A leitura e a interpretação destes textos possibilitaram a reflexão sobre o subemprego e sobre deixar a escola para estudar.


Várias pessoas são convidadas para participar do bate papo durante as oficinas. Nesta terça-feira (12/06) e na quarta (13/06) os convidados foram o rapper Robson, o ilustrador Julio Cordeiro e o poeta Binho Padial.  Nesta roda de conversa eles puderam contar sobre sua trajetória pessoal, desafios do trabalho autônomo e ligado à arte.










Robson
Desde pequeno gostava de jogar futebol e até os 15 anos jogava em um clube. Teve que deixar o esporte para trabalhar, pois precisava ajudar em casa. Sempre se sentiu incomodado com o descaso  do governo com a sua comunidade (que fica no Grajaú) e, como gostava muito de Rap, começou a escrever e cantar sobre os problemas que o seu bairro sofria e assim usou sua música para provocar reflexão nas pessoas. Apesar da música, ele ainda se angustiava com os problemas da comunidade e queria fazer algo mais efetivo por ela e por isso escolheu estudar pedagogia. E a partir disso, começou a atuar como educador social.

Julio Cordeiro
Morador de um bairro próximo, sempre enfrentou dificuldades em casa e muito jovem assumiu as responsabilidades do lar. "Aprendi a desenhar porque não sabia jogar bola", conta o ilustrador. Foi aluno do Programa Paineira em 2006 e participou do curso de Animação no Instituto Criar. De lá para cá não parou mais: participou da revista "Menisquência!" (como ilustrador e oficineiro) e hoje faz faculdade de Comunicação Visual - Design Gráfico.


Binho Padial
Este poeta tem uma trajetória incrível: começou a trabalhar com seu pai, depois passou a  vender bananas "em cacho" e com o sonho de viajar pelo mundo passou anos na Europa trabalhando nos mais variados empregos. Quando voltou ao Brasil, abriu um bar. Neste estabelecimento teve a brilhante ideia de reunir as pessoas para ouvir boa música e começou a promover um sarau. O "Sarau do Binho" hoje é reconhecido por toda cidade como ponto de encontro e espaço aberto para manifestações culturais. 







* Paineira - Educação Profissional
(120 adolescentes e jovens entre 15 e 17 anos e 11 meses)
Comunicação e expressão
Atualidades
Informática
Técnicas comerciais e administrativas
Esporte
Confecção e moda
Confeitaria e panificação
Eletroeletrônica
Meditação
Jovem aprendiz

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