Na semana de 23 a 27 de novembro, os Jovens Monitores em Esporte promoveram um campeonato colaborativo de jogos de rua, os Jogos Callejero, com as crianças de 8 a 11 anos atendidas pelo Programa Ipê-Amarelo.
Em cada dia da semana foi proposto um jogo diferente, foram eles: queimada, pega bandeira, futebol caixote, basquete sentado e volêi câmbio (jogo para aprendizado do volêi).
No último dia do campeonato, todas as crianças foram premiadas pela participação com uma medalha.
PROMOVENDO A PARTICIPAÇÃO E O DIÁLOGO
A metodologia dos Jogos Callejero beneficia a participação e o diálogo, pois as regras são construídas pelas próprias crianças. Antes de cada jogo, os Jovens Monitores em Esporte orientados por sua educadora, reúnem as crianças em uma roda de conversa para que elas definam as regras e as metas. Diferente das regras oficiais dos jogos, que são fixas, nos Jogos Callejero elas são construídas em um processo educativo que priveligia a participação do coletivo e o respeito mútuo.
Todas as crianças definem coletivamente as regras e cada grupo defini as metas para aquele jogo (exemplo: cada criança precisa marcar um ponto no jogo). Ao final do jogo, o grupo que menos descumprir as regras e aquele que conseguir atingir as metas recebem pontuação máxima. Ganhar a partida não influencia o resultado final do campeonato porque vencer o jogo tem pontuação baixa."Nesta faixa etária, as crianças estão ansiosas por ganhar as competições. Elas necessitam aprender a se relacionar com o outro e no coletivo. O processo de criação das regras é um exercício de escuta e reflexão", conta Erika Teixeira, Coordenadora do Programa Ipê-Amarelo.
JOVENS ATUANDO COMO MEDIADORES
A construção do campeonato foi realizada pelos Jovens Monitores em Esporte orientados por sua educadora. A metodologia do campeonato consiste em três momentos: no primeiro, os jovens reúnem as crianças para definirem regras e metas. No segundo, as crianças vivenciam o jogo. Depois, elas são reunidas novamente para conferirem quantas vezes descumpriram suas regras e se cumpriram suas metas. "Nessa atividade, os jovens conseguiram exercer sua autonomia porque construíram o projeto e também atuaram como mediadores nas rodas de conversa com as crianças. Essa atuação é essencial para que eles vivenciem o cotidiano de um educador", conta Regiany Maciel, educadora dos Jovens Monitores em Esporte.
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