sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Festival da Primavera reúne famílias do Programa Castanheira para celebrar a união

A primavera chegou e, com ela, trouxe o Festival da Primavera das famílias do Programa Castanheira.
No último sábado, dia 23 de setembro, a Fundação Julita celebrou esse novo tempo de integração, de boas energias e de maior contato com a natureza.

A ação de integração das famílias acontece durante o ano, a fim de promover um momento especial e a afetividade entre os familiares, além de estreitar o contato entre pais e educadores. O evento começou com um café da manhã especial para as famílias e as crianças, que contou com cardápio saudável e saboroso. No total, compareceram em média 200 pessoas, entre pais, amigos, tio, avôs.

Centros de Educação em ação

Em seguida, os familiares e as crianças puderam assistir uma contação de história, participaram de uma roda de música e conferiram uma feira de alimentação saudável com degustação de frutas, legumes e verduras, na qual as nutricionistas da Julita tiraram dúvidas e explicaram sobre os benéficos de uma alimentação balanceada.

 Como não poderia faltar, as crianças também brincaram muito ao ar livre, em espaços preparados para elas.

Para realizar as ações, o Programa Castanheira contou com o apoio dos Centros de Educação Ambiental, de Saúde e de Cultura, da Fundação Julita.


A integração das famílias com a Fundação Julita

Na metodologia pedagógica da Fundação Julita é de extrema importância trazer os pais para dentro do espaço e da realidade das crianças. Sendo assim, o evento teve esse propósito, como explica Isis Nascimento, coordenadora do Castanheira.

“É muito bacana ter os pais participando junto com as crianças, assim eles conseguem entender todo o trabalho que é realizado no dia a dia com seus filhos. As educadoras preparam o ambiente, as atividades que possuem um  fundo pedagógico, que buscam o melhor desenvolvimento”.

O que pensam os pais?


“O evento é maravilho! A integração das famílias com as professoras em um espaço tão bonito! Minha filha gosta muito, brinca bastante e a gente fica muito feliz!”
Glaucia Cristina, mãe da Camila, de 1 ano.


“Depois que a Eduarda entrou na Fundação e se desenvolveu mais, ela era muito tímida. Eu já sou ex-aluna da Fundação e hoje minha filha também está aqui e isso me deixa muito feliz. Eu confio muito no trabalho da Fundação.”
 Marina, mãe da Camila Eduarda, de 2 anos”.


“O evento é muito legal! As crianças interagem e a gente também. É importante a gente conhecer mais sobre a Fundação e interagir mais com os professores.”
Ali Rodrigues, mãe do João Vitor, de 3 anos, e da Isabela, de 2 anos.  


Confira algumas fotos




























segunda-feira, 25 de setembro de 2017

MiniFórum debate o direito da mulher ao próprio corpo

No último dia 14 de setembro, o Núcleo de Educomunicação da Fundação Julita realizou o 4º MiniFórum, que questionou a forma como a mulher é tratada na sociedade a partir da reflexão e tema do evento: “A mulher tem direito ao seu próprio corpo?”.

Para levantar diversas questões pertinentes, convidadas especialistas em várias áreas do conhecimento contribuíram para o debate. Com isso, com um auditório lotado (reunindo mais de 100 pessoas), além de interações via rede social, a noite foi repleta de reflexões.

A presidenta da União de Mulheres, Rute Alonso, levantou que a atuação do sistema jurídico nem sempre é adequada em relação às questões relacionadas ao corpo da mulher. A advogada destacou que, mesmo existindo leis contra o aborto, por exemplo, a prática é executada no dia a dia e precisa ser tratada por outra perspectiva.

Mulheres mais pobres são maiores vítimas de abortos em clínicas clandestinas

“O aborto é uma questão de saúde pública, antes de ser contra ou a favor é preciso considerar que é uma questão de vida ou morte. Muitas mulheres acabam fazendo o procedimento em lugares inadequados, sobretudo as mulheres mais pobres, o que aumenta as probabilidades de riscos”, argumentou.

Compartilhando da mesma opinião, a psicóloga Sidneia Mochnacz, especialista em Gestão Hospitalar e Saúde Pública, que trabalha há mais de 10 anos atendendo vítimas de violência sexual na rede pública de saúde, reforçou que as leis restritivas contribuem para um maior número de óbitos de mulheres. “Muitas mulheres têm medo de serem punidas e acabam buscando formas clandestinas de realizar o abordo, o que muitas vezes pode resultar em mortes”.


A sociedade que oprime as mulheres

Na mídia, na política, na educação, na cultura e em várias esferas da sociedade, a mulher ainda é tratada como ser inferior ao homem ou “objetificada”, como ressaltou a cientista social Anabela Gonçalves, que mediou o evento. “A mulher não é apenas útero, ela é cérebro também. Desde a literatura antiga grandes pensadores já retratavam as mulheres como seres inferiores ao homem e esses pensamentos machistas foram se propagando ao longo da história”.

Seguindo na mesma linha e expondo as formas de opressão, Sônia 
Coelho, assistente social, integrante da SOF – Sempreviva Organização Feminista –  e da coordenação nacional da Marcha Mundial das Mulheres, reforçou o controle sobre o corpo feminino. “Faz parte da sociedade a opressão para que a mulher não conheça o próprio corpo. Dessa forma, é preciso debater os direitos das mulheres, as mulheres da vida real”.

Já para Danielle Silva, integrante da coletiva Fala Guerreira e psicóloga, que atende mulheres vítimas de violência, alertou que muitas não têm nem sequer noção de que são vítimas de abuso físico ou verbal. “Há mulheres casadas que são abusadas por seus maridos e demoram um tempo para que elas percebam a situação de relacionamento abusivo em que estão inseridas”, analisou.


A necessidade do diálogo na comunidade

As principais vítimas de violência e opressão são as mulheres negras da periferia, por isso, a necessidade de abrir espaço para esse tipo de debate na região. “É importante uma metodologia libertária em um território como este do Jardim São Luís. É fundamental discutir com a comunidade sobre seus direitos. Por isso, a Fundação Julita sempre abre espaço para o diálogo com respeito”, finalizou Jânio de Oliveira, gestor pedagógico da Fundação Julita.


 
Anabela Gonçalves 

Sidneia Mochnacz

Rute Alonso


Danielle Silva

Jânio de Oliveira


  Sônia Coelho

Auditório lotado


NÚCLEO DE EDUCOMUNICAÇÃO

Existente desde 2014, o Núcleo de Educomunicação da Fundação Julita une a comunicação (análise e apropriação dos meios) à educação, trabalhando conceitos fundamentais para o desenvolvimento do senso crítico, entendimento dos meios de comunicação e da mídia, além de ser um recurso importante para a produção de textos, imagens e conteúdo midiático. Com o intuito de promover a participação social e o exercício da cidadania, além de formações pedagógicas tendo como base a Educomunicação, o Núcleo já realizou dezenas de cines-debate com temas da realidade da comunidade e quatro MiniFóruns (o último realizado uma vez por ano). O e-mail do Núcleo é: nucleoeducom@fundacaojulita.org.br