Sequências Didáticas

Iniciação e Aprimoramento Esportivo

1.  Rugby na Julita

(PDF: seq_11_12_tarde Rugby 2019 _2)

Nome

Rugby na Julita

Ampliando o conhecimento 

Educadora: Juliana Domingues

Turma: 11 e 12 anos

Período de Execução: Segundo semestre de 2019

Resumo

Durante 1 semestre, educandos e educandas de 11 e 12 anos experimentaram a prática do rugby, aprendendo e experimentando desafios técnicos e conceituais a respeito da atividade. Coletivamente, as crianças se empenharam no esporte e, também, em buscar estratégias para a inclusão de um colega com síndrome de down durante os treinos e jogos. 

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Respeito às diferenças
  • Desenvolvimento de técnicas e regras do rugby
  • HIstórico e contextos da modalidade

Desdobramento do projeto

Avaliações Iniciais:

Parte do grupo já tinha contato com o Rugby no semestre anterior. Com a entrada de novos educandos, a educadora realizou uma avaliação inicial por meio de roda de conversa para aferir o nível de conhecimentos conceituais do grupo acerca da modalidade. Ao mesmo tempo observou jogos de aproximação ao esporte. Neste momento percebeu que:  Boa parte das crianças apresentavam dificuldades mudança de direções e de realizar passes para trás e para o lado, assim como a necessidade de estimular o grupo ao cuidado e inclusão de todas as pessoas.

 

Estratégias:

As atividades desta turma contaram com a parceria junto ao instituto Hurra! que além de realizar formação anterior com a educadora, acompanhou parte das atividades.

Para aproximar as crianças a elementos da modalidade, brincadeiras tradicionais como o pega-pega, mãe da rua e pique-bandeira, receberam elementos do rugby, como o tocar (“Touch”), o princípio da invasão. Num segundo momento, algumas oficinas utilizaram o método analítico para refinar as técnicas:chute, passes; além de ensinar as posições do esporte.Jogos pré-desportivos possibilitaram colocar em prática técnicas e regras do Rugby, além de trabalhar durante a prática (e no pós, por meio de rodas de conversa) a reflexão acerca de princípios de valores, com foco na inclusão do educando com síndrome de down do grupo. 

Para ampliar os saberes conceituais, foi apreciado e debatido um vídeo sobre a modalidade e sua história. Foram apresentados também atletas-ícone.

Uma atividade destaque foi o dia do “terceiro tempo”. Esta é uma prática tradicional no Rugby, o pós jogo, onde há uma confraternização entre os participantes. Neste dia, os jogos foram arbitrados pelos próprios educandos, e após jogar teve um lanche especial e confraternização.

Como este é um esporte praticado em campo e na Fundação Julita só há quadras, só foi possível jogar o “Flag e touch Rugby.  

 

Avaliações Finais:

Também pelos instrumentos roda de conversa e observação, a educadora percebeu que a turma se desenvolveu bastante em relação às regras e técnicas da modalidade. Assim como demonstrou ações de cuidado e inclusão com pessoas menos habilidosas e com deficiência. 

 

Resultados                

Este projeto contribuiu para ampliar a visão e possibilidade de jogar um esporte que não é cultural na rotina esportiva do Brasil. Para o grupo ficou a ressignificação que o rúgbi atinge diversas formas de jogar e tem muita familiaridade com o futebol e isso trouxe um olhar mais empático para essa modalidade que, para além de toda apropriação estrutural da modalidade e seus termos técnicos, reforçou a necessidade de entender e respeitar educandos e educandas com deficiências, e que todo coletivo precisa ter ações para que esses educandos e educandas se sintam pertencentes ao grupo no qual está inserido. 

2.          Jogos e brincadeiras para o desenvolvimento motor

(PDF: seq_didatica_6a10_manha2019_2.pdf)

Nome

Jogos e brincadeiras para o desenvolvimento motor

Esporte promovendo valores sociais e cuidados com a saúde

 

Educador: Levy de Oliveira Santos 

Turma: Esporte de 06 a 10 anos

Período de Execução: Segundo Semestre de 2019

Resumo

Para favorecer a iniciação e o aprimoramento da prática físico-esportiva, a partir dos valores e princípios do esporte educacional, estimulando a prática de esportes e atividades físicas como forma de lazer, integração social e promoção de saúde, educandos entre 6 e 10 anos participaram de um semestre de atividades lúdicas. O objetivo era, por meio de jogos e brincadeiras que visam o desenvolvimento motor das habilidades básicas, prepará-los para práticas esportivas em geral. 

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Desenvolver as habilidades motoras globais
  • Conhecer novos jogos
  • Respeitar as regras dos jogos e ajudar colegas menos habilidosos

Desdobramento do projeto

Avaliações Iniciais:

Testes motores, um adaptado da proposta do Professor Doutor Francisco Rosa Neto, aplicadas no início do semestre. 

Nas rodas de conversa e observações, o educador identificou que os educandos conseguem entender as regras básicas de jogos com baixa complexidade. Possuem conhecimento básico das dimensões da quadra de vôlei e futsal. Encontram dificuldade em se manter dentro dos limites estabelecidos para cada jogo.

 

Estratégias:

Proposição de diferentes jogos pré desportivos, brincadeiras e rodas de conversa para a fixação das dimensões da quadra poliesportiva e das diferentes maneiras de utilizá-la nas principais modalidades.

Ampliação de repertório em situações variadas, para a melhor adaptação em outros esportes no período da adolescência, influenciando no combate ao sedentarismo, visto que a criança quando estiver mais velha terá mais possibilidades de movimentar-se.

Nas rodas de conversa foram inseridas Práticas de Respiração e Concentração (PRC), além de ser este também um espaço de estímulo a fala, aprendizado das regras de jogo e respeito ao colega.

 

Avaliações Finais:

Reaplicação dos mesmos teste motores do início para a comparação da evolução das crianças. Além da observação dos jogos e rodas de conversa.

Resultados                

Nos teste motores, a comparação inicial e final demonstrou que 96% da turma apresentou manutenção e/ou melhora de seus resultados individuais nos testes. Os registros do educador apontaram que uma pluralidade de jogos foram ofertados/aprendidos pelas crianças. No quesito afetivo social, o educador relata que o grupo se formou muito coeso, com muitos exemplos de inclusão dos menos habilidosos e respeito às regras estabelecidas para o grupo.

3.          Vôlei na Julita

(PDF: seq_didatica_volei_noite2019_2.pdf)

 

“Prático voleibol porque adoro muito. Cada aula traz uma prática diferente e, além de melhorar o trabalho em equipe, contribui ao desenvolvimento físico." (Pedro Ryan Ferreira Carneiro, 18 anos) 

Nome

Vôlei na Julita

Aprendendo e se desenvolvendo na quadra de vôlei

 

Educador: Levy de Oliveira Santos 

Turma: 15 a 17 anos

Período de Execução: Segundo Semestre de 2019

Resumo

Para desenvolver habilidades e competências motoras e cognitivas necessárias para a prática do voleibol, educandos entre 15 e 17 anos participaram de um semestre de treinos e aulas desta modalidade esportiva. O objetivo era proporcionar um momento de lazer e recreação para estes jovens, junto à transferência e reforço dos valores que o esporte educacional oferece. 

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Aprimorar os fundamentos: recepção, levantamento, saque e ataque;
  • Aprender as regras principais da modalidade;
  • Respeitar o nível de aprendizado dos colegas.

Desdobramento do projeto

Avaliações Iniciais:

Teste motor “Rebater a bola na parede”, extraído do manual do teste de coordenação com bola para o voleibol, desenvolvido pelo grupo de estudo das capacidades de rendimento dos esportes coletivos, coordenado pela Professora Doutora Siomara Aparecida Silva, de 2013.

 

Relatório de observação de jogos no início do semestre, onde foi identificado que o grupo conhece as principais regras da modalidade, porém poucos educandos conhecem a fundo todas elas e que alguns educandos encontravam dificuldade com a derrota e excesso de competitividade.

 

Estratégias:

As oficinas sempre partiam de exercícios coordenativos, jogos reduzido ou visando algum fundamento específico e treinos enfatizando a técnica do movimento como forma de mostrar ao educando qual a forma usual para aquela habilidade, porém isso não acontecia 

antes de deixar que o indivíduo experimentasse a sua forma de execução.

Dada a grande diferença de habilidade entre os integrantes grupo (verificada na tabela de resultados individuais dos testes), um dos pontos trabalhados durante as práticas e nas rodas de conversa, foi o respeito ao nível de habilidade do colega, mas não só isso, também no estímulo ao acolhimento e auxílio dos colegas durante as aulas.

 

Durante os jogos, o sistema 6x0 foi o mais utilizado, pois o grupo já o dominava, dessa forma o educador dava subsídios de aprimoramento dos fundamentos recepção, levantamento e ataque. Nessa perspectiva tiremos um jogo mais dinâmico e com maior incidência de sucesso para os indivíduos com menor vivência no esporte. Com isso conseguimos também manter uma oficina mais prazerosa para os participantes.

 

Avaliações Finais:

Os instrumentos foram os mesmos das iniciais. Reaplicação do teste motor e elaboração de novo relatório de observação acerca de jogos.

Resultados                

Para a surpresa do educador, os testes motores não apresentaram o mesmo resultado da observação da execução das mesmas técnicas em situação de jogo. O relatório de observação traz um grande desenvolvimento do grupo, inclusive de forma aplicada, o que nos parece mais confiável, inclusive validando que o grupo observou as principais regras da modalidade. Talvez os testes finais não tenham propiciado as mesmas condições. 

4.          Futsal misto

(PDF: seq_futsal_misto_sab2019_2.pdf)

 

“Percebido que melhorei no esporte e é importante pra minha saúde e meu corpo físico.”

(Nathalia Gasparinni Souza Martinez, 16 anos)

Nome

Futsal misto

Reforçando a participação feminina no esporte

 

Educadora: Juliana Domingues

Turma de 10 a 12 anos

Período de Execução: Segundo semestre de 2019

Resumo

Esta oficina buscou favorecer a iniciação e o aprimoramento da prática do futsal, promovendo o desenvolvimento de competências necessárias à prática da modalidade, assim como desenvolvendo valres e princípios, com destaque à inclusão das meninas nos jogos.

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Desenvolvimento de habilidades específicas da modalidade
  • Conhecer histórico e regras do futsal
  • Desconstrução de papéis socialmente atribuídos ao gênero feminino na modalidade

Desdobramento do projeto

 

Avaliações Iniciais:

Aplicação de teste de agilidade, adaptado da publicação: SILVA, A. S. S. Testes Específicos para Avaliação no Futebol.

<http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 122 - Julio de 2008.>

Roda de conversa para identificar o que se sabia sobre o Futsal e suas regras, identificando que havia confusão com a modalidade Futebol.

Observação nas atividades, onde foi identificado que as meninas sempre esperavam

de “próximo” nos momentos de jogos e só elas eram as goleiras (função preterida no coletivo)

 

Estratégias:

A cada oficina a educadora priorizava uma técnica (como por exemplo o passe), para desenvolver a execução, foram utilizados exercícios analíticos, brincadeiras populares com a inclusão de elementos do futsal, jogos pré-desportivos, jogos reduzidos, além da recreação esportiva mediada, em forma de coletivo, que ocorria após a oficina. Para tratar das questões conceituais foram utilizadas as rodas de conversa, com explanação de regras e posições da modalidade a serem aplicadas nos jogos. No tocante aos valores e princípios, para estimular a empatia, foi proposta uma vivência compartilhada de arbitragem, ou seja as crianças faziam a arbitragem das próprias partidas, com a  mediação da educadora. Os diálogos acerca da participação de todas as pessoas nas atividades, que aconteciam nas rodas iniciais e finais das aulas, assim como a construção coletiva de acordos/ normas, produziram um painel (em papel Kraft)  que ficava exposto nas atividades.

 

Avaliações Finais:

Reaplicação do teste motor de agilidade realizado no início; Roda de conversa sobre o aprendizado das regras e histórico do Futsal; e Construção de painel em papel kraft relatando os avanços na construção de um espaço democrático para ambos os gêneros.

 

Resultados                

Como os educandos deste grupo já tinham noções básicas do esporte, o ponto de destaque para as atividades do semestre foi a valorização das meninas em quadra. Por meio da participação e adesão coletiva, a presença feminina neste esporte trouxe a possibilidade delas terem um maior protagonismo em quadra, chegando a aulas onde para cada time havia pelo menos duas meninas representadas. Na roda de conversa avaliativa final, as respostas das crianças demonstraram ampliação de conhecimentos acerca das regras do Futsal.

Quanto à avaliação motora, o grupo de educandos apresentou 85% de avanços no teste.

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Esporte no Programa Paineira

1.  Esporte no Paineira

(PDF: seq_didatica_paineira.pdf)

Nome

Esporte no Paineira

Ampliando o conhecimento 

Educador: Levy de Oliveira Santos 

Período de Execução: Segundo semestre de 2019

Resumo

Esta oficina tem por objetivo estimular os jovens a pensar nas questões: quem sou eu? De onde eu vim? Para onde eu quero ir? As práticas corporais brincadeiras, jogos tradicionais, cooperativos e pre-desportivos foram propostas seguidas de rodas de conversa/ reflexões acerca da importância da cooperação, do fortalecimento das identidades e da elaboração de projeto de vida.

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Contribuir para o reforço das identidades;
  •  Contribuir para as reflexões acerca dos projetos de vida;
  • Valorização da Cooperação

Desdobramento do projeto

Bloco de Conteúdos Identidade:

O objetivo central desse bloco de oficinas foi lançar um olhar para as questões: quem eu sou? Quais minhas debilidades e potências? 

 

Nesse período foram listadas e vivenciados jogos e brincadeiras que os educandos praticavam na infância. A partir disso, foram discutidas questões sobre quais as suas raízes e como isso interfere em quem são hoje.

 

Os grupos relataram ser importante o trabalho em equipe, porém apresentaram muita competitividade. As práticas corporais levantadas estavam muito ligadas aos esportes de quadra, vôlei, futsal, basquete, handebol e queimada.

 

Foi identificada a postura dos educandos principalmente nas relações sociais. Foram levantadas questões como: burla de regras para se favorecer, dificuldade na lida com o perder, baixa vitalidade, não envolvimento com práticas esportivas, ganhar na "malandragem, não aceitação da derrota, dificuldade na escuta e organização coletiva. 

 

Bloco de Conteúdos - Cooperação:

Nesta etapa o principal recurso utilizado foram jogos cooperativos, seguidos de reflexões acerca da cooperação, fazendo paralelos com o mercado de trabalho. Também aconteceram jogos nos formatos competitivos para promover  as comparações e análises.

 

Bloco de Conteúdos - Projeto de Vida:

Emprego de jogos pré-desportivos para durante e após a vivência propor analogias e reflexões que instiguem os jovens a pensar suas vidas. Uma atividade destaque foi a “Queimada Calabouço”, seguida da reflexão acerca de qual personagem escolheremos ser. a diferença é que cada time tem que escolher alguém para ser o rei e alguém para ser o anjo. O rei tem que ser protegido pelo time. Se ele for queimado o jogo acaba. Já o anjo tem duas vidas. Ele pode usá-las ou dá-las para quem quiser.(aqui é uma breve descrição da brincadeira que pode ter um botão)_ 

Resultados                

A avaliação final foi realizada por meio da aplicação de uma autoavaliação em forma de questionário. Foram consideradas como aprendizagens positivas questões como: respeito ao outros, fazer juntos, menos competitividade, entre outros. O percentual positivo foi de aproximadamente 83,5%. Já no quesito identidade, a base para as análises, no mesmo questionário, foi a questão: Após as práticas e rodas de conversa desta oficina você enxerga de outra maneira sua relação com a comunidade que você pertence? Que por sua vez alcançou 70% de respostas positivas.

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 Cultura Corporal

1.  Ginástica Esportiva (Turma: Ipê-Rosa)

(PDF: Rosa_2019_1.pdf)

Nome

Ginástica esportiva

Turma Ipê-Rosa (11 e 12 anos)

Educadora: Ingrid Alves dos Santos

Período de Execução: Primeiro semestre de 2019

Resumo

Com objetivo de vivenciar, tanto na prática quanto na teoria, as diversas vertentes da ginástica esportiva, assim como compreender a história dos esportes, vestimentas, aparelhos e diversos contextos sociais que a prática corporal manifesta no grupo, as modalidades Ginástica Artística, Rítmica, Geral, Acrobática e de Trampolim foram investigadas, experimentadas de forma ressignificada. Paralelamente às vivências, questões desveladas pelas práticas foram colocadas em discussão, como: “isso é coisa de menina”.

 

Objetivos da Sequência Didática:

  • Vivência das diversas vertentes da ginástica esportiva; 
  • Aproximação de técnicas básicas;
  • Conhecer seu histórico, vestimenta e aparelhos;
  • Desconstruir a ideia de que meninos não podem praticar ginásticas. 

Desdobramento do projeto

A proposta abaixo é descrever resumidamente como foi a trajetória da Sequência Didática.

 

Mapeamento:

Após um período de experimentação de jogos tradicionais e pré-desportivos, foi identificado o excesso de agressividade e competição, além de falas homofóbicas e machistas. Ao ser proposta a tematização de ginásticas, algumas crianças expressaram suas concepções sobre estas práticas serem “coisa de menina” e de homosexuais. Os educandos apresentavam uma rede de conhecimento muito limitada acerca das ginásticas. Alguns citaram as olimpíadas transmitida na televisão.

 

Socialização:

Após as crianças compartilharem o que já sabiam acerca do tema, foram divididos em grupos que pesquisaram e socializaram seus aprendizados teóricos e práticos com demais colegas. As pesquisas aconteceram na sala de informática da organização e, por meio de rodas de conversa e montagem de circuitos, os grupos apresentaram conceitos e promoveram experimentações corporais.

 

Ampliação:

A educadora promoveu uma série de atividades com o intuito de ampliar os conhecimentos das crianças, entre elas: circuito de equilíbrio + parada de mão, manipulação de fitas e arcos, bola e corda; estrelinha, parada de três apoios, rolamentos, musicalização na ginástica, pirâmide humana, elementos posturais e ginástica de solo.

 

Ressignificação:

No decorrer das oficinas, sempre ocorriam rodas de conversa onde a concepção inicial de que meninos não praticam ginásticas eram colocadas em cheque. A apreciação de vídeos de atletas em competições também contribuiu para a desconstrução desta ideia.

Em diversas aulas as crianças participaram ativamente na sugestão de adequações das modalidades na prática e foram se sentindo pertencentes às propostas.

 

Produção Cultural:

Para finalizar a sequência com o tema, os educandos montaram um circuito de ginástica de trampolim ( a mais apreciada pelo grupo), e durante a prática alguns deles foram gravando vídeos contando como foi vivenciar essa prática..

Resultados

Os objetivos foram atendidos, os educandos foram protagonistas ao propor formas de vivência e investigando elementos da temática. As crianças ampliaram bastante seu nível de conhecimentos conceituais e corporais acerca de ginásticas, além de construírem formas de praticar ginástica que incluíam todas as pessoas, independentemente de gênero e habilidade.                            

2.          Experimentar o mundo através dos sentidos e brincadeiras 

(PDF: seq_didatica_b1_2019.pdf)

Nome

Experimentar o mundo através dos sentidos e brincadeiras

Turma Berçário 1 (até 1 ano de idade)

Educadora: Sandra Cavalcanti

Período de Execução: Ano de 2019

Resumo

Sequência didática com duração de um ano, com oficinas semanais. Iniciou com observações e entendimento das rotinas do Centro de Educação Infantil (CEI), seguido de levantamento de brincadeiras e cantigas presentes no universo familiar dos bebês, que foram o ponto de partida das atividades diretas. As experiências foram ampliadas a partir da oferta de outros estímulos diversos, assim como com a inclusão de atividades rítmicas afro-brasileiras. Para fechar, durante o encontro de famílias do final do ano, foi possível a vivência entre crianças, educadores e familiares de rodas cantadas que estiveram presentes nas oficinas durante o ano. 

Objetivos Específicos da Sequência Didática

- Brincar com os jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais e regionais

- Contribuir para o desenvolvimento das habilidades motoras básicas

- Aproximar a cultura afro - brasileira através da musicalidade

- Trabalhar a afetividade e empatia

 

Desdobramento do projeto

 

Mapeamento:

Antes de atuar diretamente com os bebês, a educadora fez observações nas rotinas no Centro de Educação Infantil (CEI), fez conversas com as pedagogas educadoras do grupo e enviou uma enquete aos familiares por meio das agendas, com o intuito de levantar as brincadeiras e cantigas que já aconteciam em suas respectivas casas.

 

Socialização:

As vivências iniciais foram brincadeiras e cantigas que já acontecem nas famílias. A partir  da lista levantada por meio do questionário enviado às famílias. Foram 17 oficinas dedicadas a esta etapa, com experimentações com bolas, brinquedos sonoros, tecido; além de esconder, engatinhar, etc.

 

Ampliação:

Foram feitos estímulos ao desenvolvimento das habilidades motoras básicas, com o foco no desenvolvimento do “andar”. Em ambiente lúdico, ocorreu a aproximação a elementos circenses, como manipulações e equilíbrios, além de rodas cantadas, inclusive com a proposição de elementos rítmicos afro-brasileiros com cirandas e samba de roda. 

 

Produção Cultural:

O Programa Castanheira atendido pelo projeto Centro de Educação pelo Esporte realiza ao final do ano um encontro de familiares de seus educandos. Na edição de 2019, a educadora realizou junto a crianças e seus familiares, algumas rodas cantadas que ocorreram nas oficinas.

 

Resultados

Nesta faixa etária é muito perceptível o rápido desenvolvimento dos bebês. Todos os bebês terminaram o ano andando e com boas percepções rítmicas. As educadoras do Programa Castanheira dizem que as atividades do Centro de Esporte contribuíram muito para este desenvolvimento. Foi ofertada uma pluralidade de práticas corporais e foi valorizado o repertório familiar de brincadeiras e cantigas. 

 

3.          Jogos e brincadeiras

(PDF: seq_didatica_ipezinho_2019_2.pdf)

Nome

Jogos e brincadeiras

Turma Ipezinho (entre 4 e 6 anos)

Educadora: Sandra Cavalcanti

Período de Execução: Segundo semestre de 2019

Resumo

A proposta aconteceu a partir da socialização de brincadeiras do repertório familiar das crianças, para que eles pudessem conhecer melhor uns aos outros e, desta forma, compreenderem a importância da valorização e respeito às diferenças.Num segundo momento o repertório de brincadeiras das crianças foi ampliado com a aproximação a brincadeiras africanas, suas origens e traços culturais. Durante todos os encontros foi colocada em pauta em rodas de conversa com o grupo a participação conjunta de meninos e meninas nas atividades. Para finalizar a sequência, as crianças apresentaram e convidaram outras crianças e familiares a conhecer as brincadeiras africanas com as quais se depararam nas oficinas.

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Socializar as brincadeiras do repertório familiar de cada criança
  • Conhecer brincadeiras africanas
  • Refletir sobre a diferença de gênero

Desdobramento do projeto

Mapeamento

Para aproximar as crianças e identificar características do grupo, foram propostas atividades de experimentação mais ampla antes da escolha do tema. Além das vivências de brincadeiras, ginástica e dança, a educadora propôs a dinâmica “O que eu gosto de brincar”, onde pode identificar preferências do coletivo. Outra dinâmica importante da etapa foi a construção do painel de empatia, pois pode-se perceber a dificuldade das crianças se colocarem no lugar uma das outras. A maior questão apresentada pelos grupos foi a diferença de gênero, brincadeiras realizadas somente por meninos e brincadeiras só de menina

Socialização

Durante este período a proposta foi a experimentação de brincadeiras que as próprias crianças traziam como sugestão e também as brincadeiras relatadas por cada família. No final de cada oficina, após as vivências corporais, aconteciam rodas de conversa onde sempre era colocada em pauta a questão da participação conjunta de meninos e meninas.

Ampliação/Ressignificação

A estratégia adotada nesta etapa foi a aproximação às brincadeiras africanas como Mamba, Terra-mar, Saltando Feijão, Pega Calda e KAMESHI MPUKU NE. A cada oficina as brincadeiras eram ensinadas a partir da explanação da educadora e/ ou apreciação de recursos audiovisuais. Além da brincadeira em si, traços culturais e os países de origem de cada uma delas eram colocados em pauta. Em todos os encontros haviam reflexões nas rodas de conversa no sentido de incentivar a participação conjunta de meninos e meninas.

Produção Cultural

As crianças realizaram uma apresentação das brincadeiras africanas que foram vivenciadas ao longo do semestre, incentivando a experimentação/ participação das pessoas (familiares e crianças) que assistiam. Isso aconteceu no Encontro Cultural, evento promovido anualmente pela organização.

 

Resultados

Além de ampliar o repertório de brincadeiras das crianças, sobretudo com as de origem africana, foi possível observar em alguns momentos meninos brincando e interagindo com as brincadeiras ditas só para as meninas e vice versa.

4.          Dança

(PDF: seq_didatica_rosa_2019_2.pdf)

Nome

Dança

Turma Ipê-Rosa (11 e 12 anos)

 

Educadora: Ingrid Alves dos Santos

Período de Execução: Segundo semestre de 2019

 

Resumo

Os educandos da Turma Ipê-Rosa tiveram a oportunidade de experimentar durante um semestre atividades lúdicas que contribuíram ao conhecimento e desmistificação de conceitos relacionados às danças "marginalizadas". A partir de estudos sobre a história destes movimentos artísticos, até a elaboração de coreográfica e compreensão das músicas associadas a eles, foram abordados conteúdos desde o K-pop e Gospel, até o Hip Hop e Funk.

Objetivos Específicos da Sequência Didática

  • Construir e desconstruir alguns conceitos referentes a danças marginalizadas;
  • Desenvolver o senso crítico sobre letras de músicas;
  • Reprodução e produção passos de dança e Coreografias

Desdobramento do projeto

Mapeamento

No início do semestre foi proposta uma variada gama de experiências corporais como: Voleibol, Futebol de 5, Hip Hop, Badminton, entre outras, para a observação da educadora. Foi identificado que o grupo apresenta algumas questões, principalmente em relação aos subgrupos de colegas que acabam entrando conflitos, causados por manifestações de gordofobia, racismo e homofobia. Alguns educandos já tinham algumas referências de algumas danças, principalmente o funk, todavia com uma visão superficial.

Socialização

A partir de uma dinâmica onde ocorreram acordos e a definição do tema danças, foram socializadas as práticas de dança que eles conheciam, e foi um momento bastante rico, pois foi possível fazer com que todos se sentissem incluídos nas atividades. A organização para as vivências e escolha de músicas foi um processo de extremo protagonismo das crianças. As danças experimentadas no período foram: Rap/ Hip Hop, Funk, Sertanejo, Forró, K-pop, Gospel, Eletronica e Rock. Foram formados grupos por interesse de apresentar passos de dança/ coreografias para o restante da turma, que podiam, caso quisessem, dançar juntos.

Ampliação/ressignificação

Foi dada continuidade de ampliação de experimentação de passos de danças e coreografias. Nesta etapa o foco maior foi sobre o Rap/ Hip Hop e o Funk. Além de reproduzir e produzir passo e coreografias, foram realizadas atividades de leitura, reflexão e bate papo acerca da letras das músicas. Foi apresentada a história do Funk, sua trajetória desde James Brown, até os bailes atuais.

Produção Cultural

Como produção final, a turma montou uma coreografia que eles nomearam como A História do Funk e, com isso, selecionaram algumas músicas que representassem essa linha do tempo. Todas as músicas escolhidas foram analisadas pelos próprios educandos - que criaram um filtro para identificar músicas que fossem machistas ou sexistas demais.

Resultados

O gênero mais aprofundado foi o funk. Foi possível refletir sobre as letras, as coreografias e entender que o funk é um estilo de vida para muitas pessoas, que é uma dança marginalizada, mas que outras classes também escutam, sem sofrer os mesmos julgamentos das pessoas menos abastadas. No aspecto letra, os educandos perceberam o quanto as letras são em especial machistas e sexistas, todavia que é possível entender alguns dos motivos, de onde surgiu e que há a possibilidade de fazer um filtro das músicas que se gosta sem ter que dar ainda mais voz ao machismo.

 

 

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