segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O QUE ACONTECEU NO FÓRUM-DEBATE?

--> No sábado (15), aconteceu o 1º Fórum-debate da Fundação Julita. Nesse encontro tivemos a participação do historiador Salloma Salomão e a mediação da jornalista Kelly Cristina Santos. Por ter seu doutorado em História e formação em Música, Salloma iniciou o debate afirmando que a música está intimamente relacionada com identidade étnica e ela reafirma a ancestralidade na sociedade, que, apesar de ser multi-étnica, é eurocêntrica (a educação, por exemplo, baseia-se em padrões e expressões culturais e artísticas européias). Isso nos faz valorizar a cultura européia e desvalorizar outras culturas, como a africana.

Ao decorrer da palestra, o convidado realizou um resgate histórico sobre a música e a história africana, desde a época dos faraós egípcios, cerca de 4 mil anos a.C.. Explicou que durante a diáspora, período entre 1470 a 1907, cerca de 20 milhões de africanos foram deportados para o Oriente, Europa e principalmente para as Américas. “A música para os descendentes desses africanos foi um fator que lhes permitiu continuar e reconstruir, ao mesmo tempo, suas identidades”, contou.  




Ao continuar a linha do tempo do século XVIII até hoje, Salloma trouxe elementos históricos para explicar como a música de origem africana foi sendo incorporada pelas culturas. Também promoveu a reflexão sobre o ensino público (e privado) que não contempla em seu currículo a história dos negros e índios, mas tem sido “pressionado” a incluir essas questões, como fruto da luta dos movimentos sociais.

O Fórum-debate contou com a presença de estudantes de pedagogia, 
psicológos, educadores sociais, entre outros.


Para finalizar o encontro, o grupo “Deodara” realizou uma oficina de oralidade-musicalidade com canções infantis do Cacuriá (manifestação cultural do Maranhão). Confira um trecho desta divertida atividade:


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